Por Marcos Arruda
Com confiança no potencial emissor do mercado brasileiro e no seu público, sempre ávido por viajar e explorar destinos em sua totalidade, o Panamá toma como premissa para sua promoção turística o compromisso com o turismo responsável e sustentável, mostrando ao turista consciente seus principais atributos: uma mescla de história, tradições, patrimônios e belezas naturais. Além, claro, de ressaltar que se trata de um destino completo, com um leque de atrativos e experiências, bem como o fato de ser de fácil acesso, com voos diretos a partir de diferentes cidades brasileiras.
Para o ministro do Turismo do Panamá, Ivan Eskildsen, “A nossa visão do turismo está ancorada na sustentabilidade, apostando em contribuir para o empoderamento das comunidades, a investigação científica, a regeneração dos ecossistemas e o legado bio-cultural das comunidades. Estamos orgulhosos de inovar com base em um modelo de turismo que responda aos interesses de longo prazo do nosso país”, afirma.
Recentemente o Panamá assinou nova declaração “Transformação para o turismo do futuro”, reafirmando esse compromisso. Como uma resposta ao chamado feito pela Organização Mundial de Turismo, para os setores público e privado, para que se repense o desenvolvimento intencional do segmento a medida que se recupera dos impactos da pandemia.
Tudo está ancorado no seu Plano Mestre para o Turismo Sustentável para 2020-2025, reconhecido pela Unesco como um exemplo de inovação e sustentabilidade. E que tem três pilares fundamentais:
- Patrimônio Cultural, narra a história do Panamá como a Ponte do Mundo, conectando atrações de classe mundial como a Cidade Velha (Patrimônio Mundial da Unesco); o mundialmente famoso Canal do Panamá; a primeira ferrovia interoceânica, entre outras. Além disso, os circuitos culturais mostram a diversidade do país, oferecendo experiências por seus sete grupos indígenas, sua herança afro-caribenha, incluindo a cultura do Congo (Patrimônio Imaterial da Unesco) e sua colorida cultura colonial espanhola. A culinbária também é ponto alto, com a Unesco tendo inclusive reconhecido a Cidade do Panamá como uma cidade criativa em Gastronomia.
- Patrimônio Verde (biodiversidade), desde a formação do istmo do Panamá, há 3 milhões de anos, houve uma grande troca de espécies entre as Américas do Norte e do Sul, proporcionando ao país uma extraordinária biodiversidade. Um terço do país está protegido. As rotas do Patrimônio Verde levam o visitante por Parques Nacionais, áreas protegidas e reservas privadas na floresta neotropical do Panamá, incluindo experiências através dos centros de visitantes do Instituto Smithsonian Tropical Research. Sendo uma delas o Monumento Natural Barro Colorado na bacia do Canal do Panamá, considerada a floresta tropical mais estudada do mundo.
- Patrimônio Azul (vida marinha), as experiências oferecidas nos diversos ecossistemas das rotas do Patrimônio Azul incluem a observação de baleias nos arredores do Parque Nacional de Coiba (Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco) e a admiração dos projetos de conservação de tartarugas no Oceano Pacífico. Além da exploração das águas caribenhas azul turquesa da bela Bocas del Toro.
Um dos destaques, das iniciativas culturais do Panamá, é o trabalho junto a comunidades locais e indígenas para reativar o turismo em várias áreas por todo o país e com isso ajudar a preservar e sustentar o legado dessas culturas. Na bacia hidrográfica do Canal do Panamá, por exemplo, é possível viajar pelo Rio Gatun para visitar a comunidade Embera, um dos sete grupos indígenas que vivem no Panamá. A comunidade dá as boas-vindas aos visitantes para que eles entendam melhor a sua cultura ancestral e aprendam sobre seu estilo de vida. Já em Bocas del Toro, o governo colabora com comunidades afro-antilhanas para destacar a gastronomia única da região, proveniente de raízes caribenhas e evoluída por décadas de influência local.
A expansão da Zona de Proteção Marinha no Parque Nacional Coiba e seus arredores, posicionou o Panamá como um “Líder Azul” em conservação. Por lá os visitantes podem aprender e experimentar uma vida sustentável nas comunidades locais que ainda praticam a pesca artesanal e os principais projetos de conservação de tartarugas. Entre outras regiões de interesse estão a Baía do Panamá e o Arquipélago Las Perlas, que oferece um refúgio para baleias migratórias todos os anos.
“O Panamá está repleto de experiências imersivas únicas que convidam os viajantes ativos e conscientes a relaxar de atividades autênticas enquanto fazem a diferença no país por meio do turismo. Da conservação da vida selvagem e dos ecossistemas à promoção do crescimento das comunidades locais, nossa abordagem é atrair a sensibilidade turística de hoje para a participação imersiva e o desejo de voltar”, diz Fernando Fondevila, diretor geral PROMTUR Panamá.
(Imagem: Marcos Arruda)
Enquanto que, no Planalto de Chiriquí, onde o café Geisha – o mais valioso do mundo – é colhido nas comunidades indígenas de Ngäbe e Buglé, o governo expandiu o circuito cafeeiro para incluir uma variedade de experiências turísticas nas fazendas locais. No Panamá existem 125 unidades de conservação, 30% terrestres e 10% costeiras. As áreas protegidas, reservas particulares, estradas entre comunidades rurais, praias, manguezais, entre outros, contêm infinitos atrativos recreativos e turísticos, mas requerem infraestrutura. Por isso o esforço multissetorial do país para melhorá-los.
É exatamente mostrar todos esses projetos o que motivou a delegação da PROMTUR Panamá, encabeçada pelo diretor geral Fernando Fondevila, somada a importantes fornecedores da indústria de turismo panamenha, a participar da 10ª edição da WTM Latin America. Em estande próprio, o intuito foi promover o Panamá e seus muitos e diversificados atrativos e encantos.
- Imagem em destaque: (Foto: Marcos Arruda)